terça-feira, 28 de maio de 2013

CIDADANIA E VERTICALIDADES...dá que pensar!

15 políticos antes e depois de passarem pelo Governo

O jornalista António Sérgio Azenha investigou e analisou os rendimentos de 15 políticos antes e depois de passarem pelo Governo português. O resultado está no livro ‘Como os políticos enriquecem em Portugal’, da editora Lua de Papel.
[Clique nas imagens para vê-las em tamanho normal]
O repórter baseou-se nas declarações de património e rendimentos apresentadas pelos políticos ao Tribunal Constitucional, desde 1995, ano em que a informação passou a estar disponível, e reconstituiu o percurso de crescimento económico de 15 antigos governantes. Veja como Jorge Coelho, Dias Loureiro e outros multiplicaram os seus ordenados.
Expresso
13/10/2011

Escritor Mia Couto ganha Prémio Camões 2013

Escritor Mia Couto ganha Prémio Camões


Prémio, que tem o valor de 100 mil euros, foi anunciado ao princípio da noite desta segunda-feira no Rio de Janeiro.
 
O vencedor do prémio literário mais importante da criação literária da língua portuguesa é o escritor moçambicano autor de livros como Raiz de Orvalho, Terra Sonâmbula e A Confissão da Leoa . É o segundo autor de Moçambique a ser distinguido, depois de José Craveirinha em 1991.
O júri justificou a distinção de Mia Couto tendo em conta a “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”, segundo disse à agência Lusa José Carlos Vasconcelos, um dos jurados.
A obra de Mia Couto, “inicialmente, foi muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade”, acrescentou Vasconcelos. Além disso, conseguiu “passar do local para o global”, numa produção que já conta 30 livros, que tem extravasado as suas fronteiras nacionais e tem “tido um grande reconhecimento da crítica”. Os seus livros estão, de resto, traduzidos em duas dezenas de línguas.
Do júri, que se reuniu durante a tarde desta segunda-feira no Palácio Gustavo Capanema, sede do Centro Internacional do Livro e da Biblioteca Nacional, fizeram também parte, do lado de Portugal, a professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa Clara Crabbé Rocha (filha de Miguel Torga, o primeiro galardoado com o Prémio Camões, em 1989), os brasileiros Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, o escritor e professor universitário moçambicano João Paulo Borges Coelho e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.
Também em declaração à Lusa, Mia Couto disse-se "surpreendido e muito feliz" por ter sido distinguido com o 25º. Prémio Camões, num dia que, revelou, não lhe estava a correr de feição. “Recebi a notícia há meia hora, num telefonema que me fizeram do Brasil. Logo hoje, que é um daqueles dias em que a gente pensa: vou jantar, vou deitar-me e quero me apagar do mundo. De repente, apareceu esta chamada telefónica e, obviamente, fiquei muito feliz”, comentou o escritor, sem adiantar as razões.
O editor português de Mia Couto, Zeferino Coelho (Caminho), ficou também “contentíssimo” quando soube da distinção. “Já há muitos anos esperava que lhe dessem o Prémio Camões, finalmente veio”, disse ao PÚBLICO, lembrando que passam agora 30 anos sobre a edição do primeiro livro de Mia Couto em Moçambique, Raiz de Orvalho.
O escritor não virá à Feira do Livro de Lisboa, actualmente a decorrer no Parque Eduardo VII, porque esteve na Feira do Livro de Bogotá, depois foi para o Canadá e só recentemente voltou a Maputo. Zeferino Coelho espera que o autor regresse a Portugal na rentrée, em Setembro ou Outubro.
Nascido em 1955, na Beira, no seio de uma família de emigrantes portugueses, Mia Couto começou por estudar Medicina na Universidade de Lourenço Marques (actual Maputo). Integrou, na sua juventude, o movimento pela independência de Moçambique do colonialismo português. A seguir à independência, na sequência do 25 de Abril de 1974, interrompe os estudos e vira-se para o jornalismo, trabalhando em publicações como A Tribuna, Tempo e Notícias, e também a Agência de Informação de Moçambique (AIM), de que foi director.
Em meados da década de 1980, regressa à universidade para se formar em Biologia. Nessa altura, tinha já publicado, em 1983, o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.
"O livro surgiu em 1983, numa altura em que a revolução de Moçambique estava em plena pujança e todos nós tínhamos, de uma forma ou de outra, aderido à causa da independência. E a escrita era muito dominada por essa urgência política de mudar o mundo, de criar um homem e uma sociedade nova, tornou-se uma escrita muito panfletária”, comentou Mia Couto em entrevista ao PÚBLICO (20/11/1999), aquando da reedição daquele título pela Caminho.
Em 1986 edita o seu primeiro livro de crónicas, Vozes Anoitecidas, que lhe valeu o prémio da Associação de Escritores Moçambicanos. Mas é com o romance, e nomeadamente com o seu título de estreia neste género, Terra Sonâmbula (1992), que Mia Couto manifesta os primeiros sinais de “desobediência” ao padrão da língua portuguesa, criando fórmulas vocabulares inspiradas da língua oral que irão marcar a sua escrita e impor o seu estilo muito próprio.
“Só quando quis contar histórias é que se me colocou este desafio de deixar entrar a vida e a maneira como o português era remoldado em Moçambique para lhes dar maior força poética. A oralidade não é aquela coisa que se resolve mandando por aí umas brigadas a recolher histórias tradicionais, é muito mais que isso”, disse, na citada entrevista. E acrescentou: “Temos sempre a ideia de que a língua é a grande dama, tem que se falar e escrever bem. A criação poética nasce do erro, da desobediência.”
Foi nesse registo que se sucederam romances, sempre na Caminho, como A Varanda do Frangipani (1996), Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra (2002 – que o realizador José Carlos Oliveira haveria de adaptar ao grande ecrã), O Outro Pé da Sereia (2006), Jesusalém (2009), ou A Confissão da Leoa (2012). A propósito dos seus últimos livros, o escritor confessou algum cansaço por a sua obra ser muitas vezes confundida com a de um jogo de linguagem, por causa da quantidade de palavras e expressões “novas” que neles aparecem.
Paralelamente aos romances, Mia Couto continuou a escrever e a editar crónicas e poesia – “Eu sou da poesia”, justificou, numa referência às suas origens literárias.
Na sua carreira, foi também acumulando distinções, como os prémios Vergílio Ferreira (1999, pelo conjunto da obra), Mário António/Fundação Gulbenkian (2001), União Latina de Literaturas Românicas (2007) ou Eduardo Lourenço (2012).
Nas anteriores 24 edições do Prémio Camões, Portugal e Brasil foram distinguidos dez vezes cada, a última das quais, respectivamente, nas figuras de Manuel António Pina (2011) e de Dalton Trevisan (2012). Angola teve, até ao momento, dois escritores citados: Pepetela, em 1997, e José Luandino Vieira, que, em 2006, recusou o prémio. De Moçambique fora já premiado José Craveirinha (1991) e de Cabo Verde Arménio Vieira (2009).
Criado por Portugal e pelo Brasil em 1989, e actualmente com o valor monetário de cem mil euros, este é o principal prémio destinado à literatura em língua portuguesa e consagra anualmente um autor que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum. Com Isabel Coutinho




Notícia actualizada com declarações do escritor Mia Couto e do seu editor português Zeferino Coelho.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Caros aprendizes de filósofos, deixo-vos algumas ideias para análise da estética, 10º ano:

 
 
 
 






sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sunt lacrimae rerum...poeta romano Virgílio
E tudo são lágrimas das coisas...por todo o lado ouvem-se lamentações, há meses que se descutem desculpas e acusações, temos a perceção do fracasso que era expectável, afinal percebemos que os pesados esforços que a europa centralista exigiu ser impostos aos portugueses não serviram para ajustar o deficit...as mordomias, as injustiças sociais e o esbanjamento de dinheiros públicos através da "vaca leiteira do estado" de maõs dadas com o poder financeiro oculto não pararam...a mesa é farta e há muitas bocas para atafulhar com euros e dolars, não estamos surpreendidos.
Estamos às mãos da austeridade cega, gananciosa, políticas europeias que esmagam o povo em nome de uma insensível razão que tudo calcula, que tudo sabe, austera! ESTAMOS TODOS CEGOS.

Hoje quando acordei e me dirigi para o trabalho, que me preparo para perder como tantos de vós, e depois de beijar a minha família e iniciar rotinas, percebi que Portugal estava "suspenso", estamos à espera das 20.00, na TSF ou em qualquer caixa mágica aguardamos pelas palavras de alguém que ditará sentenças..."vendedores de deseperança", crueis verdades ou falaciosas explicações da mentira política tantas vezes repetida que já se tornou numa...quase verdade inevitável: cortar!cortar!cortar!
Mas a pergunta deveria ser: cortar em quê? e porquê?
A sociedade pós moderna, de base capitalista gera riqueza, a preocupação dos governantes e responsáveis económicos deveria ser a justa distribuição dessa riqueza pelo m,érito, pela formação pela capacidade de trabalho. Então o que falhou nesta velha europa?
Ruiu o modelo europeu há muito, porque a distribuição não é mais equitativa, a ganância assumiu a liderança política, a imoralidade é vergonhosa...mas o que é inegável, em Portugal?
Portugal está falido mas os homens racionais que por cá respiram NÃO!
E tudo isto são lágrimas das coisas...há mais vida que palavras que matam a esperança.
Temos tempo para aprender...o diagnóstico é quase certo, estamos todos cegos mas temos tempo para ser.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Semana da Ciência e Tecnologia 2013

Agrupamento de Escolas de Valdevez
Semana da Ciência e Tecnologia
3,4 e 5 de ABR 2013
 
 

Venha visitar-nos...

segunda-feira, 4 de março de 2013

Dimensão ético-política: conceitos em revisão

Revisão de conceitos. Ensaia as tuas respostas e compara com as propostas de solução.

img1 - quadro conceptual

 
img2 - dimensão pessoal da moral;  noção de conciência moral;

 
 
img3 - questão básica da moral; conceito de intenção moral; necessidade fundamentação da moral 

 
imgs 4 e 5- gerações direitos humanos, justiça social, necessidade de fundamentação moral


 

imgs 6 e 7 - necessidade de fundamentação moral

 
 
 
 
 
 
 



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

INFORMAÇÃO EXAMES NACIONAIS 2013

INFORMAÇÃO EXAMES NACIONAIS 2013


ENSINO SECUNDÁRIO REGULAR (CH)
ENSINO SECUNDÁRIO - CURSOS PROFISSIONAIS

Está a decorrer o período para inscrição nos Exames Nacionais, terminará a 01/03 (6ª)
Em anexo envio informações para os EXAMES 2013:
  • Guia Geral de Exames - perguntas e respostas;
  • Norma1/JNE/2013;
  • Calendário;
  • Provas de Ingresso;
  • ...

Informações-Prova Final e lnformações-Exame
Encontram-se disponíveis, para consulta, as informações-exame relativas às provas de exame do ensino secundário das disciplinas trienais e das línguas estrangeiras, a realizar em 2013. http://www.gave.min-edu.pt/np3/409.html

SITES:
 
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Resumos
 
Capítulo 4: “A dimensão ético-política”
I. Ética, direito e política
A ética, direito e política são conceitos que se referem a perspectivas reguladoras da nossa experiência convencional. No entanto, o direito e a política intervêm no sentido de regulamentar a actuação das pessoas na sociedade.

Ética:(valorização da dimensão pessoal) é uma área interior em que se lida com as intenções do sujeito, mas a acção extravasa para o exterior, ou seja, podem comprometer o normal funcionamento da comunidade.

Direito:foi uma criação baseada na necessidade de estabelecer normas jurídicas que regulam o convívio entre as pessoas, de modo a verificar-se o mínimo de “atropelos”.

Porém, existem normas de dois tipos:
NORMAS MORAIS:são preceitos ideais, na medida em que indicam o modo segundo o qual as pessoas devem agir se desejam comportar-se bem. Visando promover a dignidade de todos os seres humanos, estas normas tendem para a universalidade. Isto é, experienciam-se no plano da subjectividade e o seu não cumprimento de condutas ilegítimas.

NORMAS JURÍDICAS:o cumprimento confronta-se com a autoridade pública, que dispõe de meios coercivos para as fazer cumprir. Estas situam-se num plano intersubjectivo, e a sua não observância determina comportamentos ilegais (contrários à lei).
II. Liberdade e Justiça SocialAquilo a que chamamos “Liberdade” nem sempre foi assim, pois esta corresponde a uma conquista progressiva da humanidade, atravessada por reveses e vicissitudes da vida (exemplo: A revolução dos cravos – 25 de Abril de 1974).
Nesta evolução mental e de atitudes no que respeita ao reconhecimento dos direitos humanos distinguem-se algumas gerações.

1ª Geração: LIBERDADES INDIVIDUAIS
Surgem as liberdades individuais e os direitos de participação política, como resultado da reivindicação do liberalismo dos séculos XVII e XVIII face às monarquias absolutas. Com o Estado de direito.
ESTADO DE DIREITO:sistema político que respeita as liberdades básicas de tal modo que ninguém se encontra acima da lei, nem mesmo o próprio Estado.
(Direitos: civis e políticos; Valor: Liberdade; Modelo de Estado: Estado de Direito)

2ª Geração: JUSTIÇA SOCIAL
Surgem os Direitos económicos, sociais e culturais. A consciência de disparidades sociais como estas levou a que se começasse a desenhar o conceito de JUSTIÇA SOCIAL, que tinha por objectivo minorar as desigualdades entre as pessoas. Portanto, exige que o produto social seja distribuído de modo justo e equitativo.
ESTADO SOCIAL DE DIREITO: sistema político que respeita, além da igualdade dos cidadãos perante a lei, o direito de acesso aos bens básicos para poderem participar na vida política e cultural.

JUSTIÇA SOCIAL:aparece como a tentativa de instauração na prática social do verdadeiro sentido da justiça, na medida em que se esforça por amenizar as diferenças económicas, sociais e culturais existentes no seio das sociedades. Porém, é a justiça social e as instituições que têm a seu cargo promovê-la fundamentam as suas actuações na natureza social do homem e na finalidade social da riqueza e de outros bens.

(Direitos: económicos, sociais e culturais; Valor: igualdade; Modelo de Estado: Estado Social de Direito)

3ª Geração: JUSTIÇA INTERNACIONAL
Nesta etapa luta-se por direitos básicos muito gerais, mas sem os quais o exercício dos direitos anteriores ficaria comprometido. Ou seja, entende-se porJUSTIÇA INTERNACIONAL, a promoção por organizações, o que implica que os Estados não renunciem toda a autoridade nacional, mas ao carácter absoluto da sua soberania. Por outras palavras, implica que as grandes nações aceitem algumas restrições de direito, exigidas pela constituição de organizações supranacionais.

(Direitos: paz e ambiente saudável; Valor: solidariedade; Modelo de Estado: Estado Solidário)

III. Responsabilidade pelas gerações vindouras

Nós, seres humanos, vivemos numa ilusão de bem-estar e vamos tomando consciência de que o poderio técnico e material não passa de um aspecto que talvez não tenha a relevância que sonhámos. Isto acontece porque nos falta o lado humano, assim como nos falta progredir em termos de sociedade, de solidariedade, igualdade e de liberdade, que têm de passar a ser factos.

Pois, não basta ser “ um cidadão do mundo” apenas no presente, mas sim do futuro. E como diz Alvin Toffler, 'temos que ser contemporâneos do futuro'. Não em termos pessoais, mas“cidadão do mundo” das gerações vindouras.

IV. Igualdade e diferenças
A IGUALDADE é um valor a progredir ao longo da história. A nível filosófico, esta questão tem suscitado, ao longo do tempo profundas reflexões, se bem que o conceito de IGUALDADE tenha aparecido diferentemente interpretado.

Para Platão a Igualdade era um conceito amplo, contrariamente a Aristóteles.

Aristóteles conferiu à igualdade um significado mais restrito, concebendo-a como virtude do “igual”, reguladora da convivência humana.
A partir desta matriz começou-se a manter indissociavelmente ligadas as ideias de JUSTIÇA e de IGUALDADE.

A “IGUALDADE” aristotélica manifesta-se de 3 maneiras:
Justiça comutativa:que se estabelece nas relações entre os indivíduos, com base na igualdade ou equivalência.

Justiça distributiva:que regula as actuações da sociedade em relação aos indivíduos, e que se pratica na distribuição; ou seja, os benefícios e riquezas serão repartidos em função da situação das pessoas no que respeita a méritos e dignidade.

Justiça legal:que regula as actuações dos indivíduos em relação à comunidade, tratando dos aspectos relacionados com o cumprimento das leis, ou seja, a justiça é o mesmo que legalidade.

No entanto, este conceito aristotélico de IGUALDADE alterou-se na Idade Moderna, que começou a impor um novo conceito onde todos os Homens são iguais perante a lei e todos possuem igualdade de direitos. É neste contexto de igualdade que se supõe que há respeito pela dignidade humana.
Porém, o reconhecimento de uma igualdade fundamental não impede, na actualidade, o reconhecimento de diferenças. Permanece a ideia de uma igualdade proporcional, mas com a intenção de construir para uma maior simetria, para o incremento de uma igualdade de facto, com especial atenção aos seres humanos mais desfavorecidos.

V. Justiça e Equidade
A propósito da Justiça Distributiva, vimos que a teoria aristotélica já apresentava o conceito de distribuição equitativa. Porém, actualmente, segundo John Rawls, EQUIDADE toma um novo sentido.

Para Rawls, a sociedade é um conjunto de pessoas cujas relações se regulam por alguns princípios de JUSTIÇA que têm que se impor com a força de imperativos categóricos, estando de acordo com o critério da universalidade. Tais normas de justiça terão que possuir um carácter contratual e social. De modo, a organizar a sociedade de acordo com uma justiça imparcial ou equitativa.
A tese de Rawls sintetiza-se numa concepção geral de equidade, que se desenvolve em torno dos Princípios da IGUALDADE e da DIFERENÇA.

P. IGUALDADE:refere-se a um conjunto de liberdades fundamentais e exprime o regime de igualdade que lhes corresponde. Tem prioridade sobre o segundo, de acordo com a sua concepção de que ‘o bem colectivo é superior ao bem individual’.

P. DIFERENÇA:garante a protecção civil, aplicando a distribuição de benefícios e exprime um regime de igualdade distinto do pressuposto no princípio anterior.

Portanto, a TEORIA DA JUSTIÇA de Rawls situa-se na “justiça do agente”, isto é que os princípios (posição original) que se regem a sociedade são justos se derivam de um determinado agente fictício que se supõe ser imparcial (véu de ignorância), livre e racional (acordo original). O que implica que os princípios de justiça só possam ser encontrados por um observador ideal.


 
Textos
Ter ética - reflectir eticamente- consiste em decidir através de razões o que em cada momento é preferível fazer, Fernando Salvater, O Conteúdo da Felicidade.

 
Síntese
Éticas Consequencialistas/Teleológicas e Deontológicas
Stuart Mill e Immanuel Kant
1. Stuart Mill (1806-1873)
A ética de Suart Mill é uma visão renovada e crítica da ética utilitarista de Jeremy Bentham (1748-1832), reflectindo também o ideário positivista de Auguste Comte (1798-1857) e a sua crença na ciência e no progresso da Humanidade.
É uma ética que reflecte em multiplos aspectos a nova mentalidade democrática e burguesa que surgiu em Inglaterra no século XVIII. Há nesta ética uma clara preocupação por ser facilmente compreendida pelo cidadão comum e cujos resultados pudessem ser medidos pelos seus efeitos práticos.
A ética utilitarista denominada "consequencialista" assenta na ideia que cada pessoa deve articular os seus interesses particulares com os interesses mais comuns, de maneira que a sua acção seja boa, isto é, proporcione a máxima utilidade a todas as pessoas envolvidas nos resultados da acção.
Da mesma maneira que cada qual aspira por natureza à felicidade individual, assim também o bem-estar de todos é um bem para a totalidade dos seres humanos.
Um acção boa é aquela que é útil, mas uma acção moralmente correcta é aquela cujas consequências se traduzem em felicidade (prazer ) para as pessoas. A correcção de uma acção é medida pelas consequências que da mesma se esperam. Um modo de as avaliar é medir o aumento da felicidade (prazer) e a diminuição do sofrimento dos que são afectados pela mesma.
O princípio do utilitarismo denominado Utilidade ou Maior Felicidade, sustenta que as acções são justas (correctas) na proporção com que tendem a promover a felicidade, e injustas enquanto tendem a produzir o contrário da felicidade. A aplicação deste princípio implica um calculo, uma espécie de aritmética do bem-estar, no qual se avaliam as vantagens e desvantagens das diferentes alternativas de uma dada acção, tendo em conta o grau de satisfação ou insatisfação que delas se pode esperar.
Neste calculo devem ser considerados um conjunto de parametros para avaliar a satisfação/insatisfação esperada, tais como: a sua intensidade, duração, certeza ou incerteza, a sua tendência, probabilidade da mesma dar origem algo da mesma espécie, etc. Este calculo utilitarista visa seleccionar a acção que seja boa (util) e moralmente correcta, isto é, que permita obter o máximo de felicidade (prazer ) no maior número de pessoas.

Saber Mais: Utilitarismo, Stuart Mill

 
2. Immanuel Kant (1724-1804)
A ética deontológica de Kant apesar de profundamente inovadora, não deixa de reflectir algumas ideias da sua época - o século das Luzes (Iluminismo), das quais destacamos as seguintes:
- Razão. O século XVIII divinizou a racionalidade, isto é, a possibilidade da razão guiar a Humanidade e descobrir todos os segredos do Universo. A ciência devia ocupar o lugar que até aí fora da religião.
Kant colocou a razão no centro da sua reflexão filosófica.
- Liberdade. As ideias de "autonomia" e "emancipação", omnipresentes no discurso político do século XVIII, significavam o fim de todas as formas de superstição e da opressão política e religiosa dos os Homens.
O reconhecimento que todos os homens, independentemente da sua condição social, tinham capacidades inatas para serem juízes das suas próprias acções.
- Bondade Humana. Filósofos como J.Jacques Rousseau constroem uma ficção histórica, segundo a qual o "homem primitivo" , possuía já uma consciência que lhe permitia distinguir o bom do mal, justo do injusto, certo do errado. As decisões erradas derivam não da natureza humana, mas sim da influência da cultura ou da sociedade.
Kant afirma que a capacidade de distinguir o que é certo do que é errado é tão inata quanto as outras propriedades da razão. Não se trata portanto de ensinar nada, mas de libertar a razão.
Esta ideia torna-se fundamental para a fundamentação de muitas teorias políticas e éticas, assentes numa visão optimista do ser humano.
- Universalidade. Os filósofos passam a falar na Humanidade, isto é, assumem o conceito universal de ser humano. O seu discurso dirige-se agora claramente a todos os homens, aos quais reconhecem os mesmos direitos e deveres. As leis morais, como as leis das ciências da natureza, devem ser universais.
Kant coloca-se sempre numa perspectiva universal, nomeadamente na sua reflexão ética. Afirma, por exemplo, que um princípio prático (moral) para tenha validade como lei, tem que ter validade universal (valer para toda a vontade ou para a vontade em geral). É nesse sentido que sustenta uma moral formal.
Legalidade e Moralidade
Kant começa por fazer uma clara distinção entre uma acção boa e uma acção moralmente boa.
A primeira corresponde à que fazemos em respeito às leis e normas morais de uma dada sociedade. Trata-se de uma acção conforme ao dever.
A segunda resulta de uma decisão nossa, livre e incondicionada, que se impõe à nossa consciência como obrigatória, independente das leis ou normas morais vigentes. Trata-se de uma acção assumida como um dever e realizada por dever. Esta é a única moralmente boa.
Em termos formais (Kantianos) esta obrigatoriedade decorre da liberdade, a autonomia da vontade.
A obediência é apenas para com as decisões universalizadas, isto é, decisões imparciais, de utilidade geral, etc.
O dever surge como um imperativo categórico - tu deves -, que se impõe a uma consciência moral inteiramente livre.

 

conteúdos para o 10º ano - filosofia

esquemas de aula - quadros de conceitos (apontamentos/planos de aulas prof Tiago - a construção de aulas pressupõe um conjunto de conceitos que os alunos podem e devem perceber, linguagem específica da filosofia que é necessária para problematizar/analisar os textos filosóficos).

Revisões:
consciência moral
consequencialismo: o necessário e o contingente

 

ética e moral, lei e dever, distinções:

nihilismo:
 
relativismo cultural: sociedade e cultura


historicidade dos valores segundo épocas históricas diferentes: antiga, medieval e moderna

o que é a filosofia?
 
 
homem bio+socio+cultural: natureza humana distinta da natureza animal

 
premisssas da liberdade: agir livremente implica:

 
disntinção juízo de facto (objetivismo) e juízo de valor (subjetivismo):

 
nexo causal: noção de causalidade, abre a questão do dilema de Hume - liberdade é ilusão e tudo está determinado (acaso ou lei natural, só há determinismo) 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

hoje deixamos conteúdos da unidade ação humana e valores:
ponto 3.1.) a dimensão ético-política

3.1.1.) intenção ética e norma moral

esquemas conceptuais (site prof Carlos Fontes); (4)
 
 

3.1.2.) a dimensão ética e norma moral
 
 
 




APRENDER A APRENDER....

A nossa motivação está em chegar aos alunos e dar-lhes oportunidades de organizar o seu estudo, começamos pela filosofia no 10º ano.
O segundo período letivo avança rápido e em complexidade: deixamos alguns esquemas de ideias e apontamentos, fichas informativas, também algumas consultas rápidas e credíveis a sites de apoio ao ensino da filosofia (alguns materiais são produzidos pelos professores Tiago e Romi)

hoje deixamos conteúdos da unidade ação humana e valores:
ponto 1.1.) a rede conceptual da ação

esquemas conceptuais (2)




ponto 1.2.) determinismo e liberdade na ação humana

esquemas conceptuais (2)